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Autonomia e Flexibilidade Curricular - 2º e 3º Ciclos

Orientações para os Conselhos de Turma de 2º e 3º Ciclos

A autonomia e flexibilidade curricular proposta no decreto-lei n.º 55/2018, de 6 de julho veio imprimir novas dinâmicas às escolas possibilitando a confluência de várias disciplinas e projetos em atividades integradas nas quais o aluno desempenha um papel ativo e participativo. A acrescer a esta dinâmica promove-se o alinhamento da avaliação com as aprendizagens através da adequação de modalidades de avaliação, focalizando a avaliação formativa, os instrumentos e os critérios de avaliação às ações estratégicas, tudo isto, por sua vez, deve ter como último desiderato o Perfil do aluno à saída da escolaridade obrigatória.

A autonomia e flexibilidade curricular visa a promoção de aprendizagens significativas, de melhores aprendizagens que promovam o desenvolvimento de cidadãos críticos, responsáveis e humanistas. Contudo, tudo isto só será possível se centrarmos as ações estratégias de atuação nos alunos, nas escolas e nos professores fazendo uma gestão curricular contextualizada e flexível.

A mudança está na base do sucesso desta nova visão de escola. Exige-se uma mudança significativa das práticas dos professores que devem assumir as suas práticas como práticas colaborativas entre si e com os seus alunos. A integração de vários saberes, consagrados nas aprendizagens essenciais, os vários projetos e as competências transdisciplinares consagradas no perfil dos alunos exigem esta colaboração.

A construção partilhada de instrumentos de avaliação, a divulgação e partilha de metodologias e experiências de aprendizagem, reinventando a escola e, concretamente, a sala de aula de modo a que cada aluno possa ter sucesso, respeitando a sua diversidade, tornando os cenários de aprendizagem mais atrativos e que assegurem aprendizagens para a vida, eficazes e úteis.

Mudar práticas enraizadas na cultura escolar é uma tarefa difícil, mas é através do debate, da experimentação, da tentativa e erro que a mudança vai sendo feita e o caminho sendo percorrido.

A autonomia e a flexibilidade curricular incitam a (re)pensar e a (des)construir as conceções que sustentam novos cenários de ação pedagógica e que incitam à transformação, à mobilização de múltiplas literacias e ao desenvolvimento de valores e competências, tendo por base uma formação centrada na pessoa e na dignidade humana. Neste pressuposto, a implementação de ações pedagógicas centradas nos alunos é um objetivo.

 

A autonomia e flexibilidade curricular para o 2º e 3º ciclo decorre da seguinte forma:

As turmas trabalharão com áreas de confluência num trabalho interdisciplinar e transdisciplinar em DAC/Projeto, na disciplina de Projeto que articulará com as disciplinas que, para o efeito, sejam pertinentes para as temáticas a desenvolver pelos alunos. Ao longo do ano poderão ser desenvolvidos vários DAC/Projetos que vão sendo implementados tendo em conta a intencionalidade da aprendizagem. Todos os DAC/Projetos são monitorizados pela Coordenadora da AFC/Coordenadora de Articulação Pedagógica e avaliados em Conselho de Turma sob a orientação do titular da disciplina de Projeto (componente de currículo de Oferta Complementar para o 2.º e 3.º Ciclos).

Neste sentido é da responsabilidade do docente que leciona a disciplina de Projeto e do respetivo Conselho de Turma que define a génese, implementação e avaliação dos projetos que vierem a ser implementados.

A natureza dos projetos será sempre elaborada a partir dos interesses dos alunos, mobilizando as áreas do saber que se considerarem mais ajustadas e indo ao encontro ao tema do presente ano letivo: “Património Cultural”.

O desenvolvimento dos projetos ocorre numa lógica de período, ou anual, conforme a natureza dos projetos e a decisão dos atores envolvidos. A elaboração da planificação deve assegurar, em documento próprio, a concretização da articulação prevista. Na operacionalização do projeto devem estar previstas as demais atividades pensadas e que concorram para a concretização dos projetos em vigor no Agrupamento. As atividades devem promover os interesses dos projetos e devem ser integradas no PAA do Agrupamento, quando estas levem à interrupção letiva de outras turmas;

Deve-se privilegiar o registo e o tratamento da informação recolhida, em suporte digital, que permita, não só a construção da memória futura, assim como a divulgação do trabalho que vier a ser desenvolvido. O registo e a divulgação dos trabalhos que vierem a ser desenvolvidos devem ser divulgados pelos meios em uso na instituição.

Apresentação de algumas sugestões a desenvolver nos diferentes projetos np âmbito do Património Cultural (Património material e imaterial):  - Jogos tradicionais - Gastronomia - Artesanato - Casos de sucesso - Inovação – Personalidades de relevo de nível cultural - Artes (Música, Teatro, Literatura, Dança, Pintura, Escultura, …)

A definição de temas a trabalhar ao longo do ano letivo no contexto interdisciplinar e, em particular, nos Projetos/DAC são da responsabilidade de cada Conselho de Turma. As atividades inseridas nos Projetos/DAC apresentam atividades que aglomeram transversalmente conhecimentos, atitudes e competências promovidas pelas várias áreas disciplinares.  Para a concretização do Projeto/DAC, sublinha-se a importância de identificar e descrever os diferentes momentos dessa mesma concretização, tendo em conta a articulação curricular; a abordagem de ensino; a avaliação das aprendizagens; e o trabalho colaborativo. Ainda ao nível da operacionalização, alerta-se para a necessidade de todas as planificações dos Projeto/DAC, serem discutidas em Conselho de Turma e adequadas ao grupo/turma. Alertou-se também, para que a operacionalização (proposta de operacionalização) dos Projetos/DAC seja clara e intencional, que os alunos devem planificar uma operacionalização orientados pelos professores, e devem privilegiar-se instrumentos de avaliação formativa e fornecer feedback constante ao aluno. Este deve tomar conhecimento deste feedback, por escrito, que deve ser assinado pelo aluno, pelo professor e pelo encarregado de educação. O importante é selecionar dois ou três instrumentos de avaliação formativa que os docentes se sintam mais à vontade e que vão dando feedback assinado pelo aluno, pelo professor e pelo Encarregado de Educação. Para o início das atividades a Coordenadora irá reunir com os vários ciclos de escolaridade para dar a conhecer as dinâmicas da AFC e mais concretamente os DAC/Pojetos para que em reunião de Conselho de Turma se comecem a delinear as estratégias, a planificação e operacionalização e iniciar os projetos. Os projetos não têm de começar logo no início do ano letivo 

Cada Conselho de turma deverá registar em atas, ao longo do ano, o tema e o subtema que for definido, as disciplinas implicadas, a génese, a implementação e a avaliação do(s) projeto(s) que vierem a ser implementados.

Neste primeiro Conselho de Turma Intercalar, os docentes deverão proceder ao debate e preparação do Projeto, indicando o subtema e as disciplinas convocadas para a articulação interdisciplinar.



A Coordenadora da Autonomia de Flexibilidade Curricular


Carla Laranjeira





Autor: Carla Maria da Cunha Souto Laranjeira
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Em: 2020-10-28 05:44:08